A Praia da Sununga é reconhecida como a capital brasileira do Skimboard, atividade esportiva que vem ganhando anualmente mais adeptos e que une características do surf e do skate. O Sununga Skim Festival é o principal meio de divulgação do Skimboard no país, trazendo, além da competição, concursos e iniciativas culturais durante toda semana do evento.
Desde 2012 o Brasil recebe uma das etapas do Mundial de Skimboard, o United Skim Tour (UST), mas em 2016, pela primeira vez o campeonato começou aqui, o que evidencia o aumento do número de praticantes nas praias brasileiras.
A Praia da Sununga, sede da etapa brasileira, é considerada, o segundo melhor “pico” do skim no mundo. Não existe praia com as formações de ondas como a Sununga, uma praia de tombo, pequena, a onda que bate na pedra volta como uma onda frontal, e os “skimboarders”, adoram esta formação de onda de lado, chamada de “sider”, sendo possível ocorrer fatos como um atleta, pegar dois tubos em uma única onda (manobra já realizada pelo californiano Blair Conklin).
A praia mais parecida, na formação de ondas como a Sununga, é a “The Wedge”, que fica na Califórnia, no entanto, a onda na Sununga é da direita para esquerda, ao contrário da famosa onda californiana.
Diferentemente do surf, em que a rebentação, ocorre lá no fundo, e o público praticamente não tem contato com os surfistas e organizadores, no Skimboard, os atletas “pegam” a onda próximo da plateia, promovendo uma grande integração. A Etapa mundial de Ubatuba, é a mais esperada do ano, devido à qualidade das ondas, a receptividade dos locais, e já entrou pra história do esporte, além disso, os “gringos” amam estar na Praia da Sununga.
História
O Skimboard é um esporte de prancha litorâneo, que teve seu primeiro registro histórico, feito em 1927 na Praia de Laguna na Califórnia com um salva-vidas local, deslizando na faixa de areia próxima ao mar. Isso mesmo, a origem do skimboard está associada aos salva-vidas que utilizam a prancha no resgate em caso de afogamento, pois era uma forma de deslizar velozmente sobre a água e assim conseguir alcançar com mais rapidez a vítima.
No Brasil desde a década de 1950, o esporte vem sendo praticado em todo litoral com destaque para as regiões sudeste e nordeste. Durante muitos anos as pranchas eram feitas de madeira e em formatos variados, que permitiam apenas deslizar pela esteira d´água, mas atualmente, o esporte conta com materiais de alta tecnologia, que permitem realizar manobras, que misturam o surf e o skate.
Com a evolução das suas manobras, atletas profissionais de outras modalidades vêm demonstrando publicamente, um grande respeito e admiração pela modalidade, caso do surfista 11 vezes campeão mundial, Kelly Slater e do lendário skatista Tony Hawk, que recentemente postaram em suas redes sociais, fotos e vídeos do esporte com muitos elogios. Por ser praticado com muito dinamismo, e extrema plasticidade na faixa de areia próxima ao mar, o Skimboard, não passa despercebido pelos banhistas e atrai novos praticantes diariamente. Estima-se que, atualmente existam mais de 30.000 praticantes do esporte só no Brasil.
A prancha de Sonrisal
Antes do Skimboard, era comum na Praia da Sununga a prática do “Sonrisal”, onde se usava uma pequena prancha arredondada, que deslizava da areia em direção à onda. A fabricação da prancha é relativamente simples. Feita com um pedaço de madeira compensada, bastando cortar um pedaço desta madeira em círculo, afinar as bordas, passar lixa por toda madeira, fazer o desenho que quiser e aplicar uma camada de resina, pronto, temos uma prancha de sonrisal.
https://www.virgula.com.br/famosos/conheca-o-skimboard-o-velho-sonrisal-em-versao-radical/