A Cachoeira da Boa Vista está localizada dentro de terras demarcadas da Aldeia Boa Vista, dos índios guaranis Mbya no sertão do Prumirim.
Um local extremamente preservado dentro da Mata Atlântica, e são estas as mesmas águas que descendo a Serra do Mar abaixo, vão formar as quedas da Cachoeira do Prumirim.
O acesso à Aldeia Boa Vista é pela rodovia Rio-Santos, Km 29,5, indo no sentido Ubatuba-Paraty, cerca de 500 metros antes do acesso a Cachoeira do Prumirim, cujo acesso fica na beira da rodovia. Seguindo por este acesso, a entrada para a aldeia está localizada cerca de 1,5 Km da rodovia e o caminho é feito por estrada íngreme de terra até a antiga Escola Estadual Indígena.
A partir da entrada da aldeia, deve-se percorrer cerca de 100 metros de trilha aberta (a mesma que leva até a aldeia) e depois entrar à direita por uma trilha menor e em cerca de 5 minutos de caminhada por dentro da Mata Atlântica chegar até a Cachoeira da Boa Vista. Para visitações de grupos, o agendamento é feito com Luiza Keretxu (12) 99618-8595 ou Valdecir Wera-Mirim (12) 99700-0653.
Recomendações:
As cachoeiras geralmente encontram-se em locais distantes dos centros urbanos e de pronto-socorro e/ou hospitais, portanto os cuidados devem ser redobrados, siga atentamente algumas recomendações:
– Não realize trilhas sozinho e de preferência esteja sempre acompanhado de um guia credenciado ou um morador/”mateiro” da região;
– Avise previamente alguém sobre seu passeio, informando a direção que pretende seguir, lembre-se que na mata, raramente funciona o celular;
– Respeite a natureza, não retire plantas, não deixe lixo e mantenha-se na trilha;
– Utilize roupas próprias para entrar na trilha, tais como, calça comprida de preferência de tecido grosso, camisa de manga comprida e calçado.
– Muito atenção aos animais peçonhentos que existem em abundância na Mata Atlântica de Ubatuba, são cobras venenosas, como a jararacuçu, jararaca, urutú-cruzeiro e coral. Observe o caminho, pois elas podem estar “tomando sol” sobre o tapete de folhas que se forma na trilha, ou mesmo nos galhos das árvores;
– Esteja ciente que geralmente nas cachoeiras temos também muitos borrachudos;
– Redobre a atenção na área da cachoeira, pois as pedras e as lajes que se formam são escorregadias e acidentes são mais comuns do que se imagina;
– Não se arrisque mergulhando em poços fundos ou mesmo nos “escorregadores” naturais, respeite o ambiente e usufrua da beleza do lugar com muita moderação;
– Não é recomendável nadar em cachoeiras depois de um período de chuvas;
– Um fenômeno chamado “cabeça d’água”, pode causar acidentes fatais. Este acontece, quando ocorre uma chuva forte na cabeceira do(s) riacho(s) que forma(m) a cachoeira, no alto da serra, aumentando o volume de água, e provocando uma enxurrada. Muitas vezes a região onde os turistas estão desfrutando das águas da cachoeira, geralmente as piscinas/poços naturais, está ensolarada por isso é difícil prever este fato.