Conheça o fundo do mar a bordo da hidronave Nautilus, um passeio monitorado!
Os turistas que visitam Ubatuba têm uma opção de ecoturismo muito interessante e educacional. A Hidronave Nautilus é uma embarcação futurística, de origem russa, que foi projetada com objetivo de possibilitar uma viagem ao fundo mar, através de seu fundo transparente, em formato de bolha.
A hidronave tem capacidade para transportar até 20 passageiros, que podem confortavelmente contemplar a vida marinha, com uma impressionante visão do fundo do mar, aumentada por meio de uma enorme lente. As saídas são do Píer do Saco da Ribeira, região sul de Ubatuba, o destino, o Parque Estadual da Ilha Anchieta, e o tempo de deslocamento do Nautilus é por volta de meia hora. Ao se aproximar da Ilha Anchieta, a velocidade do barco diminui e a bolha transparente penetra na água, para iniciar a observação.
O turismo de observação vem ganhando adeptos no mundo inteiro e merece destaque por contribuir com a preservação ambiental. Segundo o presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo, esses passeios têm cunho educativo, científico e ambiental e visam destacar o valor de uma área protegida, no caso do Parque Estadual da Ilha Anchieta.
O recurso obtido com essa atividade irá apoiar a continuidade dos trabalhos de resgate, reabilitação e reintrodução da fauna marinha bem como ações de pesquisa e educação ambiental realizadas pelo Instituto Argonauta.
Há apenas duas embarcações dessas no Brasil, que realizam este tipo de atividade, uma em Fernando de Noronha e a outra é a Hidronave Nautilus. O tempo de deslocamento é rápido, pois o barco possui flutuadores que aceleram a locomoção. A saída é acompanhada por um oceanógrafo ou biólogo, que relata o que as pessoas estão vendo. Durante o trajeto, o fascinante universo subaquático revela-se aos visitantes, que aprendem muito sobre os oceanos, confortavelmente sentados ao redor do grande visor.
Segundo o oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo, os passeios, de cunho educativo, científico e ambiental, visam mostrar o valor de uma área protegida. Não fosse o chamado polígono de interdição de pesca, que, se não inibe 100%, ao menos coíbe essa atividade, incluindo a caça submarina, a Ilha Anchieta não teria conservado a sua biodiversidade.
Ele cita como exemplo a Ilha das Couves e a Ilha Vitória, esta última pertencente a São Sebastião, onde, 30 anos atrás, havia uma fauna aquática bem diversa. “As nossas saídas de mergulho eram para esses lugares, onde hoje já não se vê a mesma biodiversidade”.
Salvaguardado pelo decreto de lei 9.629, de março de 1977, o Parque Estadual Ilha Anchieta é um santuário. “Serve como guardião da biodiversidade e fornecedor de genes para povoamento de outras áreas”, observa Hugo.
Sobre o Instituto Argonauta
O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1998 pela diretoria do Aquário de Ubatuba e atua em projetos de resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho.
Contato:
Rua Plínio França, 208 – Saco da Ribeira
Fone: 12 9 9755-1850
Fonte de Informações:
www.institutoargonauta.org
http://ribeiraubatuba.com/2019/02/28/visita-ao-fundo-do-mar/
Imagens do vídeo deste post cortesia de @brunoamirimagens