A Praia do Ubatumirim está localizada a 33 km do centro de Ubatuba e 39 km de Paraty. Seu acesso é por uma estrada de 2,5 Km, plana, de terra batida, secundária da rodovia Rio-Santos.
É uma praia de grande extensão, com areias finas e compactas, mar geralmente calmo, propício para crianças, com uma visão frontal de várias ilhas (dos Porcos, da Pedra, Ilhote do Negro, das Couves, e do Prumirim) e ao fundo montanhas e a Mata Atlântica preservada.
A região ainda mantém as características de uma praia típica de pescadores, tendo em seu canto esquerdo o Rio Ubatumirim, que divide a enseada entre Praia do Estaleiro e Praia do Ubatumirim.
Para acessar os poucos quiosques na orla, deve-se transitar com o carro na areia da praia, o que causa muita controvérsia, por conta da “invasão” das máquinas no ambiente da natureza. Recentemente foram fincados na areia da praia, caibros (”tocos”) de madeira, para delimitar a área de transição de carros e área dos banhistas.
No lado do sertão (do outro lado da rodovia Rio-Santos) encontra-se uma das mais fortes atividades de agricultura do município, onde frequentemente ocorrem festas tradicionais da comunidade caiçara.
Para quem planeja se aventurar um pouco, outras atrações da região são as belíssimas cachoeiras do Sertão do Ubatumirim: A Cachoeira da Laje e a Cachoeira do Tombador.
Cercada de muita natureza, Ubatumirim atrai pela simplicidade, tranquilidade, e a beleza dessa praia, já levou o local a ser palco de produções cinematográficas e televisuais. Em seu canto direito temos a bela Praia da Justa, com acesso em períodos de marés baixas, caminhando pela costeira marítima.
Vejam esta bela filmagem aérea realizada por @fausto_ferrarias a bordo do Paratrike da @ubafly:
A provável tradução para o nome indígena Ubatumirim: Uba= cana + tuba/tyba= muitas + mirim=pequena, logo teríamos lugar de abundancia de flechas pequenas.
História
O franciscano Frei Pio Populin, italiano, chegou em Ubatuba em 1966, e com ele trouxe a garra e vontade de lutar pelo município. Ele fez algumas tentativas de melhorias na região, pois as pessoas da época tinham grande dificuldade de se locomover ao centro da cidade em busca de remédios ou quaisquer outras necessidades, principalmente as mulheres com as crianças. Então foi construído um barco, financiado por ajuda particular, que inicialmente fazia o trajeto Centro-Ubatumirim duas vezes por semana, atendendo as necessidades do povoado local.
Logo fez-se necessário o aumento das viagens e até a construção de um “chatão”, que transportava materiais de construção. Em prol dos pescadores houve a construção de um estaleiro. A intenção era empregar os pescadores do local que, futuramente, fariam parte de uma cooperativa. A ideia era construir barcos e comercializar o pescado. Porém, a visão imediatista colaborou para que o projeto não desse muito certo.