Praia de Picinguaba

Praia de Picinguaba

A Praia de Picinguaba está localizada a 40 Km do centro de Ubatuba e 40 Km de Paraty, e o seu acesso é pela rodovia Rio-Santos no Km 11.

Praia e Vila de Picinguaba
Praia e Vila de Picinguaba

Saindo da rodovia seguimos por uma estradinha estreita e sinuosa de 2,8 Km de asfalto até a praia, sempre rodeado pela Mata Atlântica e vista deslumbrante do mar.

Praia de Picinguaba - Típica vila de pescadores
Praia de Picinguaba – Típica vila de pescadores

O local é uma típica vila de pescadores que oferece serviços de hotelaria e bar, além de abrigar casas de veraneio, sendo possível alugar baleeiras (pequenas embarcações) com os pescadores. É um excelente refúgio, um local para se comer bem e se deliciar com um visual maravilhoso dos barcos de pesca parados na enseada.

Praia de Picinguaba e a beleza da Mata Atlântica em seu entorno
Praia de Picinguaba e a beleza da Mata Atlântica em seu entorno

A praia que tem águas de cor verde esmeralda, é muita calma, ideal para crianças, mergulho, pesca, e um passeio em destaque é visitar a Ilha das Couves, com muitos barcos oferecendo o serviço.

A Praia de Picinguaba está “dividida” em 4 pequenas praias, separadas por pedras e formações rochosas. Os moradores locais batizaram estas “prainhas”, a partir de seu canto direito, respectivamente de Praia do Lanço, Praia do Meio, Praia do Empório (onde se concentram muitos barcos) e Praia do Pôr do Engenho.

Canto esquerdo da Praia de Picinguaba
Canto esquerdo da Praia de Picinguaba

O nome Picinguaba (refúgio de peixes em tupi-guarani) explica por si só a formação da Vila de Picinguaba, um ambiente rústico e que encanta quem procura simplicidade, tranquilidade, contato com a natureza e que é tombado pelo patrimônio histórico (Condephaat) desde 01/03/1983.

Picinguaba
Chegada a Vila de Picinguaba – Ilusão de ótica: o mar parece estar mais alto que a própria estradinha

Os moradores da Vila são praticamente pescadores, que mantém a originalidade e preservam a tradição caiçara. No final da estradinha, já na chegada a Praia de Picinguaba, temos uma ilusão de ótica: o mar parece estar mais alto que a própria estradinha.

A filmagem aérea a seguir mostra a transparência de suas águas esverdeadas em contraste com a areia amarelada:

Há algumas residências de veraneio e poucas pousadas, a principal delas, que tem o nome da praia, recebe muitos turistas estrangeiros.

Chegando a Praia de Picinguaba
Chegando a Praia de Picinguaba

De frente para o mar ficam ancorados os barcos dos caiçaras, moradores que exploram a pesca artesanal, e que já foram muito prejudicados por barcos industriais, com tecnologias modernas de sonar, que detectam cardumes a grandes distâncias e com grande precisão, tornando as chances de um peixe escapar das redes mínimas, além de redes de quilômetros de extensão, suficientes para “fechar” a Baía de Picinguaba.

Praia de Picinguaba
Praia de Picinguaba

Uma das atrações do lugar é apreciar o maravilhoso pôr do sol que temos nesta praia, isto por conta da mesma ter face oeste o que é raro no litoral brasileiro, onde as praias normalmente têm face leste e vemos o nascer e não o pôr do sol.

Praia de Picinguaba - Região norte de Ubatuba
Praia de Picinguaba – Região norte de Ubatuba

Para quem aprecia o turismo religioso, em Picinguaba temos a Capela Imaculada Conceição, uma das mais antigas de Ubatuba.

Capela Imaculada Conceição - Vila de Picinguaba
Capela Imaculada Conceição – Vila de Picinguaba

Projeto Cultivo de Vieiras
Esta é uma alternativa sustentável de renda para os moradores da Vila de Picinguaba, um projeto da ONG Eco-associação, que tem capacidade para produzir aproximadamente 20 mil vieiras por mês. Trata-se de uma tecnologia importada do Chile, que foi financiada pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura e tem o apoio da Prefeitura de Ubatuba, Instituto de Pesca e da AMESP (Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo). O projeto conta com um catamarã de manejamento, máquinas para limpeza e separação do produto e com o envolvimento de várias famílias de pescadores da região.

Catamarã de Manuseio de Vieiras 

Os cultivos de vieiras em Ubatuba tiveram início em 2005, quando a prefeitura levou os pescadores para conhecer o Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis- RJ  e assim participaram de capacitação técnica. Também foi através da prefeitura que os produtores receberam sementes de vieiras para testar o cultivo no município. Hoje, além da Picinguaba, comunidades das Praias do Bonete e do Perez, entre outros pontos na cidade, estão cultivando o molusco. Com isso, a cidade de Ubatuba deu mais um passo no sentido de se tornar um dos principais polos produtores de vieiras do Brasil.
Fonte de Informações: goo.gl/SSpCcZ

O que são vieiras?
Vieiras são moluscos bivalves (apresentam concha com duas peças fechadas por fortes músculos) marinhos que encontram-se em vários oceanos e abundantemente na América do Norte, norte da Europa, e Japão, sendo bastante apreciadas como alimento refinado. Nos países de língua inglesa são conhecidas como “scallop”, em francês é o famoso “coquille saint-jacques”.

Vieira - Picinguaba
A vieira em destaque

As conchas coloridas em forma de leque de algumas vieiras, com seu padrão de pregas radiantes, são apreciadas por colecionadores e tornaram-se um símbolo ostentado pelos peregrinos a Santiago de Compostela. A sua característica mais interessante na vida selvagem, segundo o National Geographic, é serem nadadores ativos, sendo o único bivalve migratório, movendo-se por propulsão com ajuda do músculo adutor.
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vieira_(molusco))

História / Lenda de Picinguaba
Antigos moradores contam histórias fascinantes da visita do lobisomem na Praia de Picinguaba.
“Certa vez uma mulher vestida de “baeta” (vestido vermelho), quando retornava da missa numa Sexta-Feira da Paixão, lua cheia, cruzou com um cachorro enorme que mordeu um pedaço de seu vestido, assustada, correu para casa, trancou-se e pôs-se a rezar, a espera de seu esposo. Quando o mesmo chegou, contou-lhe o ocorrido, e enquanto lhe fazia um cafuné, percebeu um pedaço de tecido vermelho entre seus dentes. Mais assustada ainda, a mulher assim que o dia amanheceu, não perdeu tempo e foi relatar ao padre, o acontecido, afirmando que seu marido era o lobisomem. O padre, mais que depressa, tomou as providências para desfazer o encanto, e o marido agradeceu-lhe por tê-lo libertado desta maldição, porém, inexplicavelmente, matou o padre com um tiro.

Fonte de Informações: Livro Ubatuba: Espaço Memória Cultura – Juan Guillermo D. Droguett