Praia das Palmas | Ilha Anchieta

Praia das Palmas | Ilha Anchieta

Localizada na Ilha Anchieta, a Praia das Palmas que também é chamada de Praia Grande da Ilha Anchieta, é a mais extensa de toda a ilha, uma enseada de águas tranquilas que banham sua orla, e está localizada à direita de quem desembarca na ilha. São apenas dez minutos de caminhada do píer até lá em uma trilha plana e agradável, onde você pode avistar diversos animais da fauna local.

Praia das Palmas - Ilha Anchieta
Praia das Palmas – Ilha Anchieta

A praia fica em uma pequena baía de águas esverdeadas calmas e cristalinas, estreita faixa de areia branca, com costeiras rochosas e muitas pedras espalhadas. Temos muitas árvores no entorno sombreando a orla e é possível observar muitos peixes nos recifes.

Praia das Palmas – Ilha Anchieta

A Mata Atlântica ao fundo da praia compõe o belíssimo cenário natural. O mar com águas tranquilas propicia fácil atracamento de embarcações, que escolhem o lugar para passar o dia e curtir a natureza. A enseada de águas tranquilas que banham a orla da Praia das Palmas, nem parece que um dia foi habitada por tubarões, que garantiam a segurança do presídio que funcionava no passado, na então “Ilha dos Porcos”.

Praia das Palmas @brunoamirimagens
Praia das Palmas – Imagem de @brunoamirimagens

História
Também próximo ao meio da Praia das Palmas, apenas 50 metros do mar encontram-se às ruínas do antigo cemitério da Ilha dos Porcos (como era chamada a Ilha Anchieta antigamente). Segundo registros, até o início do século XIX, a ilha fora habitada por indígenas e a tribo usava este terreno como cemitério, o mesmo utilizado pelos militares para enterro dos presos e moradores da praia.

Praia de Palmas - Caminho para o antigo cemitério
Praia de Palmas – Caminho para o antigo cemitério

Neste cemitério, jazem os restos mortais de 151 imigrantes búlgaros e gagaúzos bessarabianos falecidos na ilha no curto período de 100 dias no ano de 1926. Eles emigraram da Bessarábia e 2.000 deles vieram escoltados, da hospedaria dos imigrantes de São Paulo, para a então Ilha dos Porcos, onde permaneceram em regime e condições prisionais, pois eles haviam se rebelado contra a transferência para as fazendas paulistas de café, diante da comprovada notícia de que, nelas, a maioria de seus compatriotas estavam sendo submetida ao mesmo tratamento de regime da escravidão.

Antigo cemitério da Ilha Anchieta
Antigo cemitério da Ilha Anchieta localizado na Praia das Palmas

Porém na ilha, a maioria crianças (143), tiveram várias causas de morte, predominando a do envenenamento por ingestão de mandioca brava e a falta efetiva de assistência médica.

Mais história
Alguns pescadores contam a história, que afirmam ser verdadeira, que na época em que a pesca era liberada, eles passavam a noite acampados na Praia Grande (atual Praia das Palmas) e lá passavam o picaré (pesca de dois ou mais homens. A rede vertical de aproximadamente um metro e meio é presa por um bambu em ambas as laterais. Um homem segura um extremo no raso, enquanto o outro entra no mar preparando o cerco e, no momento certo, ambos puxam a rede para a praia), porém ninguém ousava ultrapassar a terceira amendoeira ao lado direito da praia, após a meia-noite. Esta era assombrada: assobiava, sem que ninguém estivesse lá e só ela balançava como se estivesse ventando forte. Dizem que ficavam arrepiados e apavorados, que isso só podia ser coisa de alma penada. Mas, isso é coisa do passado.

(*) A Ilha dos Porcos passou a ser denominada Ilha Anchieta em 1934, como parte das homenagens ao quarto centenário do nascimento do Padre José de Anchieta.
Fonte de Informações: https://www.ubatubavirtual.com.br/sapateiro.htm