Você já conhece o Projeto Mar e Cultura?
A Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo – AMESP é uma entidade civil, sem fins lucrativos e econômicos que atua na conservação da cultura oceânica e no fortalecimento do associativismo entre os produtores aquícolas. Foi fundada em 31 de agosto de 1998, quando a maricultura emergia como alternativa à atividade pesqueira tradicional. Desde então, a instituição empenha-se na implantação, ordenamento e regularização dos cultivos no litoral norte paulista e vem trabalhando em parceria com outras associações em Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, onde se concentra o maior número de maricultores.

A Festa da Maricultura em Ubatuba, São Paulo, faz parte da Festa de São Pedro Pescador, um evento tradicional e aguardado pela população local. A festa celebra as raízes e tradições da cidade, com shows, apresentações culturais e atividades variadas. A Festa da Maricultura é realizada para celebrar a cultura local, especialmente as tradições marítimas e a atividade da maricultura.

Após mais de 20 anos sem a realização do Festival do Mexilhão, a cidade de Ubatuba reviveu o evento em 2024, com a Festa da Maricultura, que retornou ao calendário, no dia 30 de junho de 2024. A programação esteve recheada de apresentações culturais, comidas típicas e corrida de canoas, valorizando a tradição, a fé e a cultura caiçara. A ação teve como o objetivo divulgar a maricultura e fomentar o turismo na região. Em conjunto com a Festa de São Pedro Pescador, a programação teve apresentações culturais, comidas típicas, corrida de canoas e procissão marítima, valorizando a tradição, a fé e a cultura caiçara.

O público participante da Festa da Maricultura pode degustar o famoso “Lambe-lambe”, prato elaborado à base de mexilhão e arroz temperado, entre outras refeições da culinária caiçara. Acredita-se que uma das formas de vivenciar uma determinada cultura é saborear a sua gastronomia. Os alimentos e bebidas de determinada comunidade são capazes de expressar suas crenças, hábitos e valores. Contam as histórias que os pescadores levavam a bordo um fogareiro e um saco de arroz. Com os mexilhões que achavam pela costeira, preparavam a saborosa receita numa panela só. Sem garfo e nem faca, as próprias conchas do fruto do mar faziam o papel de talher. Esse é um costume que não se perdeu. As conchas ainda são usadas para substituir a colher durante a refeição. E no final, é só lamber os dedos.

A AMESP – Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo, por meio do Projeto Mar é Cultura, em parceria com a Petrobras, incentiva que os mexilhões sejam cultivados em fazendas marinhas e que não mais sejam extraídos dos costões rochosos. Desta forma, o Projeto empenha-se na implantação, ordenamento e regularização das áreas aquícolas em todo o litoral norte paulista. Como resultado dessas ações, almeja-se o efeito positivo na geração de renda e no incremento da produção de alimentos de alto valor nutricional, em concordância com a conservação ambiental e ao atendimento aos múltiplos usos do espaço marinho. Assim, com os maricultores fortalecidos, espera-se que a Festa da Maricultura seja celebrada anualmente e permaneça no calendário oficial de eventos do município de Ubatuba.

Imagens: amespmaricultura.org.br

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