Esta é uma data comemorativa, uma homenagem ao povo indígena. Apesar de ter sido estabelecida há tempos, esta data e comemoração causa controvérsias entre os indígenas, como é descrito mais abaixo neste mesmo post. Em Ubatuba, as mais antigas aldeias que temos são: Aldeia Renascer Ywyty Guaçu, localizada no Corcovado região sul da cidade e a Aldeia Guarani Mbya da Boa Vista localizada no sertão do Prumirim região norte.
Mesmo tendo seu território garantido, as aldeias enfrentam sérios problemas para assegurar sua sobrevivência e o modo de vida tradicional. Neste contexto, o desenvolvimento de alternativas para geração de renda de forma sustentável é um dos desafios prioritários dos indígenas de nossa região.
Na década de 1970, havia um pensamento de que o desaparecimento da população indígena seria inevitável, felizmente nos anos seguintes o quadro mudou, com um crescimento de 3,5% ao ano, a população indígena aumentou e continua a lutar para manter suas terras e costumes. Segundo estudos do antropólogo Darcy Ribeiro, existiam 6 milhões de indígenas e mais de mil etnias em 1.500, hoje são cerca de 550 mil indígenas distribuídos em 230 grupos, que falam 180 línguas diferentes.
Dia da Resistência Indígena
12 de outubro de 1492 marca a chegada das caravelas comandadas por Cristóvão Colombo, quando os nativos descobriram que deveriam ser chamados de “índios” para justificar a ganância europeia, descobriram que seu continente passou a ser chamado de América e, não mais de Ambaraká como referência ao tabernáculo de sua religião o Mbaraká.
Descobriram que deviam obediência a um rei de outro mundo e a um Deus de outro céu, e que esse Deus havia inventado a culpa e a roupa e, havia mandado os padres soldados queimar vivo quem adorasse ao sol, a lua, a terra e a chuva que molha a terra. Aqui já haviam povos, já havia vida.
A América foi invadida e saqueada por um processo colonial que deixa sua marca até hoje.
Por isso, dia 12 de outubro é o “Dia da Resistência Indígena”.