O dia internacional da tartaruga marinha é celebrado em 16 de junho, em homenagem ao nascimento do Dr. Archie Carr. Na década de 50, ele começou a trabalhar na conservação das tartarugas marinhas em Tortuguero, na Costa Rica, e se tornou um dos mais importantes pesquisadores da área.

Através de seus estudos e escritos, é responsável por grande parte do que se conhece sobre a biologia e o ciclo de vida destes animais. No Brasil temos o Projeto TAMAR (Projeto Tartaruga Marinha) que, foi criado em 1980 para proteger da extinção, as espécies de tartarugas que utilizam o litoral brasileiro, para se alimentar e se reproduzir.
O Projeto TAMAR protege cerca de 1.100 Km de praias, através de 19 bases de pesquisa. Desde 1991, o TAMAR vem atuando em Ubatuba, e esta foi a primeira base instalada em área de alimentação no litoral brasileiro, desenvolvendo o programa de proteção das espécies, com atividades voltadas à educação ambiental, pesquisa científica e ações sociais e comunitárias, sempre envolvendo os moradores locais.

As tartarugas marinhas são solitárias e permanecem no ambiente marinho durante toda a sua vida, com exceção das fêmeas adultas que buscam as praias para desovar. Esta característica do ciclo de vida dificulta os estudos do seu comportamento. Por isso, grande parte do que se conhece sobre elas refere-se a estudos realizados com fêmeas em praias de desova. Apresentam visão, olfato e audição desenvolvidos, além de uma fantástica capacidade de orientação e natação.

São animais migratórios por excelência, vivem dispersas na imensidão dos mares e, mesmo assim, quando atingem a maturidade sexual sabem o momento e o local de se reunir para a reprodução. Nessa época, realizam longas viagens, por vezes transoceânicas, para voltar às praias onde nasceram e desovar. Descansam na superfície da água quando estão em áreas profundas, ou no fundo do mar, sob rochas, em áreas próximas à costa. Durante o descanso, geralmente mantem as nadadeiras dianteiras encolhidas para trás, sobre o casco. Chamamos a atenção para a importância da preservação da natureza, cuidem do paraíso, deixem esta herança para nossos descendentes.

Curiosidades sobre as tartarugas marinhas
Você sabia que durante a desova, é possível ver lágrimas escorrendo dos olhos da fêmea. Muitos acham que as lágrimas são pela emoção de estar gerando os ovos com futuras tartaruguinhas, outros dizem que as lágrimas são pela dor do “parto” (desova). Mas a verdade é que as tartarugas marinhas secretam essa “lágrima” o tempo todo, até dentro da água (é claro que fica mais fácil ver quando estão fora da água). O verdadeiro motivo da lágrima é que existem glândulas de sal atrás de suas órbitas oculares, que eliminam o excesso de sal do organismo da tartaruga, através dessa secreção salina nos olhos.

Outra curiosidade é que as fêmeas adultas de tartarugas marinhas voltam para desovar na mesma praia em que nasceram?
Esse comportamento já é conhecido e comprovado por meio de pesquisas genéticas, demonstrando a fidelidade das tartarugas às praias onde nasceram. O mais interessante é que mesmo depois de 20 a 30 anos após o nascimento, as fêmeas encontram o caminho de casa, sem bússola ou GPS.
Se Liga
Preserve, recicle, respeite o meio ambiente.
Visite a Fundação Projeto TAMAR em Ubatuba.
Fonte de Informações: https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=89