Parente do ouriço-do-mar, a bolacha-do-mar tem o corpo achatado como um biscoito, daí o seu nome. Para passear pelo oceano, as bolachas usam milhares de pés que grudam no fundo do mar por uma espécie de ventosa. E, como esse passeio gasta energia, a bolacha precisa se alimentar bem. Para isso, usa os pés e também os espinhos curtos que tem pelo corpo para capturar grãos de areia e levar até a boca.
A areia é triturada por cinco poderosos dentes para que, no intestino, a bolacha possa absorver os pequenos nutrientes, restos de algas ou peixes e outros animais, presos nos grãos. Assim como acontece com os outros animais, existem bolachas-do-mar machos e fêmeas. Segundo Bruno Vellutini, do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo, existem cerca de 150 espécies e as maiores podem durar até 50 anos!
Explicação científica
As bolachas-do-mar (também chamadas de bolachas-da-praia) são animais equinodermos da classe Echinoidea, a mesma dos ouriços. Esses animais ocorrem em áreas alagadas e pantanosas de água salgada, como as praias, tendo o hábito de se enterrar na areia ou detritos. É muito comum encontrar bolachas-do-mar por toda a costa do Brasil. Seus corpos achatados são rígidos, cobertos por placas (ou testas) de carbonato de cálcio que são o seu esqueleto. Sua simetria é penta-radial e os indivíduos adultos das espécies catalogadas variam de tamanho total entre 6 e 10 cm.
É comum observar em seus corpos a presença de sulcos, nomeados lúnulas, cobertos ou não por espinhos e pés modificados que os auxiliam na fixação ao substrato, evitando que a movimentação das ondas os removam de seus habitats. Estes mesmo cílios, aderidos a derme, auxiliam na movimentação das bolachas-do-mar.
Apesar da maior diversidade de espécies ocorrer nos mares quentes da América do sul e Caribe, existem espécies de bolacha-do-mar também nas zonas costeiras dos oceanos mais frios do hemisfério norte. A maior parte das espécies conhecidas se alimenta de algas e matéria orgânica presente no substrato oceânico, que também lhes serve de refúgio para predadores.
É comum encontrar diversos organismos vivendo em proximidade, o que facilitaria o processo de reprodução, que ocorre através de fertilização externa dos gametas liberados na água pelos adultos, que possuem sexos separados (ou seja, são dioicos). Assim como muitos outros equinodermos, seu desenvolvimento é indireto e conta com diversos estágios de larva livre nadante, que sofrem metamorfose na forma adulta somente quando o esqueleto de carbonato está completamente formado.
Fonte das informações: https://www.infoescola.com/animais/bolacha-do-mar/